Em entrevista ao Quartz, o vice-presidente global da Xiaomi, Hugo Barra, mencionou que o fabricante chinês está totalmente focado na Índia, após seu sucesso em casa. Depois de estabelecer uma base na Índia, a Xiaomi agora procura criar um centro de P&D como uma maneira de fabricar dispositivos localmente no país.
Estamos aqui para não vender telefones e dominar. Estamos aqui a longo prazo e queremos nos inserir no tecido deste país. Precisamos começar pequenos, precisamos ouvir, iterar.
Então, tomamos nosso tempo, aumentamos com cuidado; levamos o feedback muito, muito a sério. Toda a operação tem que ser dimensionada, não podemos apenas ter um pico de vendas. Não estamos aqui para abrir um escritório de vendas ou uma filial. Atualmente, a Índia é o maior foco da empresa depois do nosso mercado doméstico.
Certamente, escreveremos software aqui. Certamente, também estamos considerando a possibilidade de fabricar através de parceiros. Nós não fabricamos produtos. Usamos a Foxconn e outros para fabricar para nós. Estamos aqui a longo prazo e pode fazer muito sentido poder fazer aqui.
A Barra também falou sobre como a Xiaomi estava preocupada em cumprir suas metas de vendas de alguns milhares de dispositivos quando estreou no país no início deste ano:
Quando chegamos aqui, planejávamos vender alguns milhares de telefones e estávamos preocupados se esse objetivo poderia ser alcançado. Somente nas duas primeiras semanas, vendemos 20.000 telefones. A primeira venda foi um pouco turbulenta porque tivemos alguns problemas técnicos com o Flipkart enfrentando um tráfego enorme. Até o final de outubro, venderemos até 100.000 telefones por semana.
Como estamos no assunto de vendas, a Barra revelou que a Xiaomi vendeu 1, 2 milhão de aparelhos ontem durante a venda do Dia do Solteiro na China, gerando US $ 254 milhões em receita.
Registro final do Xiaomi Singles Day: 1, 16 milhão de telefones Mi vendidos, ¥ 1, 56B (US $ 254 milhões) em vendas em 24 horas
- Hugo Barra (@hbarra) 11 de novembro de 2014
Voltando à Índia, Barra, que agora se mudou para Bangalore para supervisionar a expansão, disse que a Xiaomi estava procurando construir uma plataforma de Internet no país.
Queremos construir uma plataforma da Internet que seja entregue através desses dispositivos. Planejamos formar parcerias com várias empresas e criar camadas de serviços no sistema operacional.
Essas camadas incluem uma colaboração com o Truedailer da Truecaller, que será integrado ao discador de ações nos aparelhos da Xiaomi.
Tomemos, por exemplo, o processo de recarga de sua conta telefônica ou verificação do saldo. É incrivelmente complicado para a maioria dos operadores. Por que não é apenas integrado ao sistema operacional? Por que você não pode simplesmente acessar o discador em um telefone e usar uma guia lá para recarregar? Você não precisa de um aplicativo inteiro ou de uma plataforma da Web para isso. Vamos fazer um monte deles, muitos dos quais envolvem trabalhar com startups.
Em menos de seis meses de operações, a Xiaomi conseguiu cultivar uma base de usuários fiel no país. Deve ser interessante ver como se sai assim que começa a crescer na Índia. Para ler a entrevista completa da Barra, acesse o link abaixo.
Fonte: Quartzo